domingo, 20 de maio de 2012

Caroline Celico: 'Conhecer o Kaká foi uma benção...'

Caroline Celico, una mujer de buena fe
Fonte: Kaká&CarolWorld
Aos 25 anos, suas energias estão focadas em sua família e na sua Fundação Amor Horizontal, que ainda ela é a única benfeitora, já organizou dois festivais de música grátis, um em Milão e outra realizada há poucos dias em Madrid. Deslumbrante, de infinita generosidade e profundamente religiosa, ela confessa os pilares que sustentam a vida.


Coração Hoje: Você criou a Fundação Amor Horizontal. Qual é o objetivo?
Caroline Celico: Sim, eu fundei aqui na Espanha, com sede em Madrid. Eu não pertenço a nenhuma igreja ou qualquer religião, eu sou apenas Jesus. Eu gosto de acreditar nele, em Deus, e o amor que ele sente por nós. Eu não gosto de imposições, tendo que fazer isso ou aquilo para cumprir a nossa crença. O que eu acredito é que Deus conhece o nosso coração e Deus é amor. Daí o nome da minha fundação: Amor Horizontal. Você tem que amar a Deus e aos outros. Há dois mandamentos básicos de Jesus: amar a Deus sobre todas as coisas e amar o próximo como a ti mesmo. Minha fundação tem o objetivo de mostrar as pessoas que a ajuda é boa tanto para si mesmo e para os outros. Eu dou uma injeção de animo através da palavra de Jesus.

HC: Esta fundação é responsável pelo financiamento do festival de música, que foi realizada há poucos dias, “Juntos 2012”. Diga-me o que é este projeto.
CC: Foi em 2010 quando eu vim para organizar um festival de música que pode entrar bandas de países diferentes que falam de Jesus, mas muito ligeira, dinâmica e jovial. No ano retrasado foi realizado em Milão e este ano fiz na Espanha.

HC: Os grupos musicais atuam de graça também?
CC: Sim, absolutamente todos. Aqueles que vêm de fora, a fundação financiou a viagem e todos os custos, mas sem cobrar por isso.

HC: A fundação, no entanto, é você mesmo...
CC: Sim (risos). Por agora, sim, eu vou financiar tudo com meu próprio dinheiro. Mas em junho estamos pensando em liberar o site para todos que queiram colaborar.

H.C: Como?
CC: É uma plataforma que eu criei através de parcerias com grandes marcas. Você entra no site e compra um produto que está disponível. Por exemplo, um pacote de fraldas. E que o dinheiro investido nesse produto, eu distribuo para uma rede de ONG especializada em crianças que anteriormente já foi analisado ​​e estudado para se certificar de que as doações cheguem de fato aos seus destinos.

HC: O que te dá tudo isso?
CC: Eu não tenho palavras para descrever... Meu casamento foi maravilhoso, o nascimento dos meus filhos... e isto... eu não sei, Deus me deu a chance de fazer e ajudar as pessoas e isso me deixa feliz. Eu não quero dinheiro, eu não quero reconhecimento... Eu só quero ajudar.

HC: De onde vem este senso de responsabilidade social?
CC: Da minha família e da escola onde estudei no Brasil, que sempre insistiu muito no desenvolvimento da consciência social. Tivemos 450 horas de trabalho comunitário por ano. E essa é a única maneira de ter contato com as necessidades daqueles que não têm nada ou muito pouco. Porque não só precisam de comida. Eles precisam de um abraço, palavras de esperança, o amor... Ninguém vive só com o dinheiro. É preciso muito mais. E tudo parte de uma cadeia. Se você vir a compreender que Deus ama você, você vai se encontrar mais valioso e que lhe dá força para ajudar os outros.

HC: Você ora?
CC: Sim, mas sem pertencer a nenhuma religião em particular. Eu falo com Deus continuamente. Oração significa falar com Deus e religião, que o conecta ao seu Deus. Eu acredito em um Deus e todo mundo chama ele do jeito que quer. Eu li as coisas da Bíblia e existem muitas mensagens contraditórias que interpretam de maneiras diferentes, mas há uma interpretação que é universal: amor, paz, esperança.

HC: O que você precisava de mais do que nunca agora, com esta crise tão doloroso...
CC: Olha, no meu país, Brasil, em São Paulo, que é onde eu estou, há uma fase de grande expansão econômica neste momento. Tudo está indo muito bem e tende a ser ainda melhor. Mas eu moro aqui, eu como aqui, eu tenho meus filhos aqui, por isso foi muito importante para mim organizar na Espanha.

HC: Você gosta de nosso país?
CC: Me encanta! Eu tenho um avô espanhol, o pai de minha mãe era do sul. Tenho sangue espanhol nas veias.

HC: Você se sente bem-vinda em Madrid?
CC: Muito. As pessoas que conheci e com quem compartilho parte da minha rotina não olha como eu estou vestida ou as coisas que compro. Simplesmente estão aqui e conversamos casualmente em nossas vidas. Eu tive sorte. Fui recebida com muito carinho. Tenho bons amigos.

HC: Em todo o caso, você não fica fora de casa...
CC: Isso é verdade. A maioria do tempo eu passo com meus filhos. Eu sou uma mãe muito dedicada. Minha filha tem um ano e o menino tem quatro e a minha vida gira em torno deles. Acordo eles, dou café da manhã, levo o maior escola e quando chego em casa, me dedico a pequena até que chega a hora de pegar o maior. Às vezes o pai que vai buscar, quando ele está em casa, ai eu posso me cuidar. Eu tenho a sorte de ter uma mulher em casa que me ajuda com a pequena para que eu possa me dedicar ao pequeno no período da tarde. Normal para todas as mães. Às vezes vivemos uma vida de loucura (risos). Me absorve por completo.

H.C: Gostaria de ter outro bebê?
CC: Não (risos). Eu estou bem.

H.C: Bem, é o que Deus quer, certo?
CC: (Risos) Bem, quem sabe. Mas se depender da minha vontade, não. Deus me abençoou com um menino e uma menina, e isso é perfeito. Eu não vejo outro. Apesar de, quem sabe, você não pode nunca dizer não...

H.C: Você sente falta das pessoas no seu país?
CC: Muito. Especialmente a minha família, meus amigos, minha comida brasileira ... (Risos). Mas eu, vou duas vezes por ano para vê-los e eles vêm muito a Madrid. Agora está aqui meu pai e minha mãe para me ver em poucos dias. Ela trabalha muito na França e aproveita a oportunidade para vir e nos ver.

HC: Foram os seus pais que educaram em crenças religiosas?
CC: Minha mãe é católica e há dez anos é muito envolvida. Estou muito feliz com a sua maneira de ver a igreja e a vida. É uma cristã que eu admiro muito.

H.C: Seu marido é muito religioso. Você teve sorte suficiente para encontrar...
CC: Sim (risos). Que Deus me abençoou.

H.C: Você é uma mulher de jogador incomum.
CC: Bem, eu acho que não. No Brasil, a maioria das esposas dos jogadores são muito valiosas. O problema é que a mídia pinta uma imagem que não corresponde com a realidade. Elas são mulheres de integridade e boas, mas a imprensa tende a focar que elas saiam mais e se vestirem melhor. Isso não é comigo. Eu não vivo com o cabelo perfeito e a bolsa impressionante e impecável. Eu sou uma mãe e nada mais. Essa é a minha vida: meus amigos, as conversas com outras mães da escola... Essas são as pessoas que realmente podem dizer quem eu sou. Olha, eu muitas vezes fui fotografada na Itália na rua com as sacolas na mão, e eles falavam que ia às compras, e levava presentes para os outros! O fato de que nossos maridos ganham muito dinheiro não significa que as mulheres são superficiais. Nós todos temos nossos defeitos e nossas virtudes, e não se pode generalizar.

H.C: O que você precisa para ser feliz?
CC: Necessito muito do trabalho social, principalmente para ajudar as crianças que eu amo, ajudando as pessoas a estar em paz consigo mesmo e com Deus, e, claro, preciso estar perto da minha família e estar com eles.

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É UMA KAKAZETE? ENTÃO NÃO DEIXE DE SEGUIR ;D